21.11.05

Naquela Ponte Passava o Tempo.

Eu atravessava a Ponte
Em direcção a ti.
Desenhava malabarismos
No gosto escondido,
Nos encontros fortuitos.
Reservas nos olhares,
No gosto proibido
Por nós mesmos.

Olhava-te nos olhos
No meio da Ponte
Lia o teu receio.
Estendia a mão para ti,
Soltava o convite
Desafiava-te num olhar,
num beijo…

Escondidos, desfloramos prazeres
Ocultos da vida, num sonho adiado.
Não fazíamos promessas
Os nossos corpos não as pediam.
Os lábios procuravam novos sabores…

Em Abril nasceu o fim.
A Ponte que te seduzia
Estava ali, tão próxima
Era um pequeno passo.
Um gesto de coragem
Que nunca irias ter...
Com a Ponte ali, tão perto!

19 Out. 05
Lobo

3 Comments:

At 4:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

as pontes assustam... talvez por serem a miragem sobre o desconhecido - uma vez atravessadas poderá não haver caminho de volta! muito lindo!

 
At 1:27 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Esta foto...
beijinhos!!!!

 
At 10:45 da manhã, Blogger Patrícia said...

O tempo, João, é uma encruzilhada. Não basta atravessar a ponte. É preciso saber de que lado estamos. Para que lado queremos ir.
A lucidez da escolha do caminho na encruzilhada faz com que o tempo decida a vida.

 

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