25.11.22

 

se.ren.di.pi.da.desərẽdipiˈdad(ə)
nome feminino
1.
aptidão de atrair a si acontecimentos favoráveis de maneira fortuitadom de fazer boas descobertas por acaso
2.
acontecimento favorável que se produz de maneira fortuitaacaso felizdescoberta acidental

Elas, as Serendipidades existem e, volta e meia aparecem. São momentos de felicidade e doçura, saboreados devagarinho, muito devagarinho. 
As Serendipidades não se procuram, tão pouco se pedem. Acontecem. Apenas acontecem. Vindas do nada... aí estão elas. Por vezes, para enfeitar o acaso, trazem consigo um gesto; um olhar; um sorriso bom... Acontecem!
Acontecem como estas palavras, escritas com carinho e ternura, como que a selarem o encontro de almas muito antigas, onde tudo é natural, como vidas vividas, numa outra vida, num outro lugar, num outro tempo... e que o tempo e a vida, resolveram reencontrar numa Serendipidade, num encontro, numa nova vida, uma nova existência.
Que bom!

2.12.10

Fim do Lobos!



Passaram cinco anos que criei o Lobos.
A sua criação, foi para mim importante. Tinha terminado o meu Curso de Cinema e sentia necessidade de escrever e publicar alguns pensamentos, alguns olhares.
Não tinha um rumo claro para o Lobos. Apetecia-me escrever algumas coisas e colar-lhes fotografias da minha autoria.
A partir de certo momento, a escrita foi tomando um rumo - Poesia (!!!) mesmo não sendo poeta ou tendo pretensão a tal.
O Tempo passou... a minha vontade e disponibilidade para escrever, esmoreceu. Deixei de sentir esse prazer. Os Posts foram ficando cada vez mais espaçados no tempo...
Para primeira publicação, escolhi uma fotografia de um Farol - o Farol da Foz!
O Tempo não pára. Os espaços e as pessoas modoficam-se... É Tempo de terminar!
Este, é o último Post no Lobos! É hora de partir. Deixou de fazer sentido estar aqui!
A partir de hoje, não haverá mais Lobosnocais!
Foi bom escrever algumas coisas. Melhor ainda receber alguns comentários, por vezes muito generosos. A todos, muito Obrigado!
Deixo ficar, todas as mensagens postadas até hoje. Será como uma memória minha!
A Todos, até sempre!

Lobo
02 Dez 10

2.11.10

Estou Triste



Hoje fiquei mais pobre.
Terrivelmente mais pobre.
A minha Amiga Aurora partiu.
Partiu para sempre.
Aquela que para mim foi uma Mãe,
Foi embora que a idade pesava
O corpo sofria. Sofria muito.
Não mais terei aquela palavra sábia,
Não mais terei aquela dádiva serena.
A minha Querida Amiga partiu.
Partiu para sempre.
Resta-me saber,
Que foi para um lugar lindo,
Um lugar onde só estão os melhores,
Os serenos de coração!
Fica em Paz minha Amiga.

João
03Nov10


23.7.10

Matar a fominha...



Estou chateado, Prontos! Estou mesmo muito chateado. Prontos outra vez! A salinha de cinema onde eu costumava ir, ver filmes sem pipocas, fechou. Acabou!
De novo Prontos, que ainda estou chateado.
Como a minha salinha preferida fechou, lá tive que ir a um Shopping para ver um filme português que me interessava.
Ora então... era uma vez uma sala de cinema com gente muito esfomeada. A gente, até que era pouca. Umas doze pessoas, que o filme era portuga e não tinha socos e bombas, nem murros nas trombas. Tinha era gente com muita fominha. Ui que aquilo até doía. Era fominha a granel.
E de novo Prontos para vocês, que ainda estou chateado.
Resumindo – o povão estava lá para comer!
Bem agarradinhos ao balde, lá iam mastigando a bela pipoquinha e sorvendo monumentais goles de coca-cola. O efeito boca aberta, era magnifico! Enquadrava-se perfeitamente com a banda sonora do filme. Por acaso já imaginaram a actriz principal, a dizer o texto ao som dos comilões de pipocas que mastigam a coisa com a boquinha aberta? Ainda não imaginaram, pois não? A carga dramática aumenta substancialmente. Nem queiram imaginar!!!
Portanto meus amigos, acabou-se o meu sossego a ver filmes. A partir de agora, é com a bela da Pipoquinha. Mas... eu não sou Homem de ficar para trás, qual velho do Restelo, ou coisa que o valha. Eu sou Moderno. Pós-Muito Moderno. Prá frente é que é a Pipoca, quer dizer, o caminho. Assim meus amigos, tive uma ideia e como ela germinou na minha cabecinha, é uma Bela Ideia:
- Vamos organizar uma ida ao cinema para comer Arroz de Frango!
- Tal e qual, Arroz de Frango!
Reparem, a coisa é fácil e até é gira. Encontramo-nos pelo fim da tarde no Shopping escolhido. Alguém tirado à sorte, ou nomeado por voto secreto e aclamação, ou ainda designado antes que lhe aconteça uma coisinha má, fica encarregue de fazer o belo do arrozinho de frango. Não que eu goste, mas acho giro. Uma ida ao cinema para comer um belo de um Arroz de Frango!
Como dizia, depois do encontro no Shopping, toca de comprar os bilhetinhos. Convém não mostrar muito a saca com o Arrozinho. Os tipos da Pipoquinha não gostam de concorrência...
Para que o divinal manjar se mantenha quentinho, o Tacho, deve ser embrulhado num jornal do dia, para as noticias não ficarem muito requentadas.
Entrada para a sala. Aqui o grupo deve ser discreto. E porquê? Por um lado porque sim. Depois, conforme o povão da fominha for entrando na sala, garantidamente vai "encostar", que isto dá sempre para mais um (o tanas). Mas a principal razão, é a possibilidade de estar ali algum gajo da politica e aí meus amigos, garantidamente o Tacho é dele! Prejuízo total para nós! Portanto já sabem discrição na coisa. É só esperar um pouquinho e as luzes apagam-se e então sim – A comezaina vai começar. Os pratos vão passando de mão em mão com a rapidez de um mestre de circo. Os talheres plásticos ( não é pinderiquice. O talher plástico é um clássico) correm de mão em mão até ao fim da fila. Por fim, saboreamos o filme. Garfada após garfada... hummmm que delicia – Frango de filme. Engano, arroz de celulóide. Bolas engano de novo. 7º Arroz de Frango!
Não esquecer da Pinguinha. Arrozinho de Frango sem pinguinha é uma desgraça. Estejam à vontade. As cadeirinhas tem lugarzinho para colocar o copinho. Desfrutem meus amigos, desfrutem...
Confessem, é ou não é uma bela ideia? Já repararam que esta ideia pode-se aplicar a milhentas outras situações? Vai à farmácia? Com a sua cunhada? E não levam uma sopinha para comer enquanto esperam?Ora ora ora...
No funeral da tia, coma uma carninha assada. Não seja guloso, não lhe coma só a herança!
Meus amigos, sejam Modernaços. Comam qualquer coisinha...
Para acabar, pensem nesta ideia. Organizem-se! Façam comissões de bairro! Comités de Fábrica! Organizem-se...
E, Prontos de novo para vocês, que eu detesto cinema com pipocas!!!

Lobo
23 Jul 2010

6.7.10

Encontro a Sul...



Olho o teu rosto espelhado no lago imenso... sem fim
Subo ao castelo e espreito o teu sorriso na planície.
Debaixo do Sol abrasador, procuro-te num beijo doce.
Na sombra da arvore de encantar, Moura Princesa,
Deixo que me encantes em ti, com o teu abraço!

Lobo
06Jul10

17.6.10

Simon & Cristina



Hoje tive a oportunidade de trabalhar com duas pessoas de excelência, o Simon e a Cristina.
Eu explico! Dentro das minhas atribuições profissionais, tive que “fazer” o Som, de uma cerimónia, de entrega de diplomas, de um Curso das “Novas Oportunidades”.
Fazia parte dos festejos, a Formanda Cristina, cantar uma música do Paulo Gonzo, acompanhada ao Piano Eléctrico pelo seu Amigo Simon. E…. que bom para o meu dia… Ela dona de uma voz muito boa. Amadora. Uma possível cantora de sucesso, assim a sorte lhe sorria. Ele pianista. Inglês. Musico integrante da banda da fadista Mariza. Um luxo!
A Cristina esforçada para que tudo desse certo, para que tudo corresse bem no seu dia de Festa. Nervosa, um pouco preocupada…. O Simon, doce, calmo, profissional de classe. Durante todo o ensaio, o Simon, fez uma coisa dificílima, que é transpor as notas escritas na pauta, para as correspondentes à voz da Cristina. Parece fácil, mas não é. O Simon estava a fazer isto mentalmente e dizia “não te preocupes, canta que eu vou atrás de ti” e ia. E Foi! Simon & Cristina, foram um dos momentos grandes da tarde!
A simplicidade destas duas pessoas... a Amizade de um pelo outro; o empenho para que tudo desse certo… pura e simplesmente tocou-me! Dei o meu melhor. Tentei estar à altura deles. Penso que consegui!
No fim, a Cristina e o Simon despediram-se de mim. Ela, contente com o seu Diploma. Ele, com aquela simplicidade de quem é Bom no seu trabalho e não necessita de folclores…
Gostei de trabalhar com eles. De novo senti aquela química de quem vai para cima de palcos… quem já os pisou, sabe daquilo que estou a falar.
Todos os dias, tento ser um bocadinho melhor que ontem…
Recomendo-o aqueles que amo.
Hoje, a vida sorriu para mim… apresentou-me duas pessoas de excelência.
Valeu bem a pena!

Lobo
15Jun10

14.6.10

Amores (im) perfeitos


Amores perfeitos,
São um olhar na imensidão...
São um tempo no Tempo,
São palavras silenciosas
Lav(r)adas com emoção,
Quando os olhares se cruzam,
Quando se encontram, e dizem...
Amo-te, hoje e sempre.
Amo-te, porque te gosto.
Amo-te, porque te sinto em mim.
Amo-te, neste amor (im)perfeito!
Um dia, Amar-te-ei em Luz.
Perto e distante do olhar...
Seremos apenas um só,
Neste Amor quase perfeito!

Lobo
14 Jun 10

8.4.10

Fim de Tarde...



Não sei
Se risco
Se arrisco
Ou sou arisco.
Sou filho de gente que amou.
Sou gente, pessoa...
Que ama
Que te ama
Que te deseja
Que te descobre.
Não sei
Por onde vou
Ou se vou,
Sei apenas que sou
Sou gente, pessoa...
Que te quer.
Aqui, agora, sempre
Todos os dias
Todos os momentos
Todo o tempo do mundo.
Não sei
Como começou
Porque começou
Sei apenas...
Isso basta-me
Gosto-te!
Gosto-te pela manhã
Quando o dia nasce.
Gosto-te nos segredos
Da alma conjunta.
Gosto-te na partilha
Da vida que temos e levamos...
Gosto-te no toque discreto
Nos olhares escondidos.
Gosto-te no perfume
Nos dias,
Nos momentos breves.
Gosto-te no olhar
Dos dias dificeis...
Quando o Mar explode em nós.
Gosto-te à noitinha
Quando olhamos a madrugada.
Gosto-te quando nos damos
E o teu corpo
Procura o meu com paixão!
Gosto-te muito e ainda mais...
Porque me tocas
Porque me és em ti,
Porque me amas.
Gosto-te com paixão
Porque te amo
Porque te desejo
Porque te vivo em mim,
Porque partilho e gosto
Porque te sinto,
Porque te amo Mulher!
Não sei...
Sei apenas aquilo que sei
Sei que gosto e chega-me.
Sou eu assim
Mais não sei.
Gosto-te em Azul...

Lobo
26Mar09

1.3.10

Aceitas ou Não a Seitas?



Aceita a minha Seita.
A Seita é minha
Faço com ela o que eu quiser.
Se eu quiser aceito
Que a tua Seita até seja aceita, mas...
A tua Seita não é como a minha!
Aceita o teu lugar.
A Seita é o meu espaço,
Aceita esta condição,
Na tua Seita não existe espaço
Para quem não aceita a Seita.
Sei que não aceitas a minha Seita
Mas por favor, fica lá sabendo
Eu também não aceito a tua Seita.
Saibamos aceitar que as Seitas
Ninguém as Aceita!!!

Lobo
26Fev10

19.2.10

Janelas do olhar...



Das pessoas sei pouco.
Talvez nada saiba. Quem sabe?
Deixo os dias correr e observo.
Um olhar discreto,
Uma carícia no rosto...
Uma memória guardada em segredo...
Um passado, presente no silêncio.
Das palavras não ditas,
Crio imagens e caminhos,
Retorno silencioso até mim
Porto seguro da existência!
Não tenho segredos, (ou quase)
Nem palavras à janela...

Lobo
19Fev10

2.2.10

Contra a Censura. Pela Liberdade de Expressão!

O Sr. 1º Ministro de facto tem um problema com os jornalistas. Com alguns jornalistas. Não todos. Apenas alguns - Os Incómodos!
É, ele não gosta desses. São uma chatice. Um aborrecimento. Verdadeiros casos a necessitar de uma "soluçãozinha"!
O jornalista Mário Crespo foi objecto da atenção do Sr. 1º Ministro durante um almoço. Agora, viu o seu artigo de opinião sobre o dito almoço, recusado pelo Jornal onde habitualmente colabora. Acontece, é a vida!
Mas também acontece que alguns, neste país, lutaram pela Liberdade. Liberdade de Opinião; Liberdade de Expressão. LIBERDADE!
Acontece Sr. 1º Ministro, que alguns de nós ainda temos memória do 25 de Abril. Ainda temos na memória a Censura; o Lápis Azul; a falta de Liberdade para falar, para ter opinião!
Assim sendo, faço questão de abrir as portas do meu blog, para o texto do Jornalista Mário Crespo. Tenho muito orgulho nisso!
Não o faço, porque o Jornalista Mário Crespo necessite deste espaço, para se fazer ouvir.
Faço-o Sr. 1º Ministro, por uma questão de principio.
Faço-o por Valores (que não da Bolsa).
Faço-o por Solidariedade.
Faço-o porque já estou farto da sua arrogância estalinista.
Sabe sr. 1º Ministro, talvez comece a ser tempo de um novo 25 de Abril, neste País pobre, antes que ele em definitivo se torne um Pobre País!
Talvez seja tempo de outras vozes, que não a sua, se levantarem, e fazerem-se ouvir contra a arrogância!
Talvez seja de novo, o tempo do Capitão Salgueiro Maia!

Lobo
02Fev10

O Fim da Linha
Mário Crespo

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicado (1/2/2010) na imprensa.

publicado em http://www.institutosacarneiro.pt/?idc=509&idi=2500

26.1.10

Silêncio Profundo



Espero que as flores no seu silêncio
Digam as palavras que não sei dizer.
Que levem com elas, o sorriso perdido
Nos caminhos talhados, até chegar aqui!
Nos silêncios e olhares, deixo nascer flores
Que falem por mim, do gosto e da ternura
Deixados no cais, das sete partidas
Que se escondem no tempo e no vento,
Na vontade de ser, que não sei dizer aqui!
Que as flores, falem por mim junto a ti,
Nos dias em que as palavras se escondem,
Num manto de silêncio profundo...
Nos dias em que as voltas do Mundo,
Tocam os teus pés, com as ondas do Mar!

Lobo
26Jan10

7.1.10

Palavras em Azul



Numa prece a Iemanjá
Peço o bem querer,
E corro ao seu encontro.
Corro muito.
Corro cedo.
Corro tarde.
Corro!
O tempo, tem pressa,
E o dia tem fim.
Livre entre margens,
Corro!
Corro mais.
O rio sou eu
E o Mar está logo ali,
Num Abraço lindo!

Lobo
07 Jan 10

19.11.09

Nasce o dia...



Percorro o teu olhar incerto à procura de mim
Sinto crescer o desejo, essa vontade de fogo.
Num passo de gigante, corro sobre as águas,
Corro para os teus braços, num embalo de mar.
Arranco-te as roupas guardadoras de vontades
E afundo-me em ti, para sempre, até ao fim!
A noite, guardo-a com este desejo profundo...
Ofereço-te um sorriso no braço deitado a convidar
Olhos nos olhos, espreitamos o dia, já é manhã!
Um novo desejo, nasce quando os lábios se tocam.
Bom dia meu Amor!

Lobo
19Nov09

9.11.09

Olhando os céus...



Em silêncio te digo
Estou aqui, voa sem medo.
Sou o teu Asa até ao fim,
Não te abandono!
Sempre que o medo aparecer
Estarei aqui,
Estarei presente
Como um Falcão,
Prescutando os céus.
Sou o teu Asa
Sigo o teu vôo
Até ao fim!

Lobo
09 Nov 09

Foi por ela...



Chuva miudinha. Incómoda.
O mar agita ondas ao largo.
O cinzento, afasta a cor da imagem.
Dia sem caminhantes.
Ao Castelo, olhei as águas,
E na memória nasceu outro mar,
Outro dia cinzento. Outro olhar.
Foi a última vez que a vi a Cris.
Com coragem no olhar
Rumou mais ao Norte,
De terras frias e sem Mar.
Seguiu a sua namorada,
A sua paixão,
O seu Amor!
Sabia da sua viagem,
O segredo foi-me entregue
Com o gosto da Amizade.
Vou embora! disse-me ela.
Naquela manhã de domingo,
A Cris olhava o Mar
Numa despedida.
Guardava todas as ondas
Da nossa cidade
Naquele coração grande.
Para sempre e até sempre!
Olhei-a no gosto e segui.
Sabia o valor daquele olhar,
Daquela prece, sem orações.
Momento sagrado. Intimo!
O meu momento,
O nosso momento,
Já tinha acontecido...
Vou embora! disse-me ela.
Ontem, naquele lugar
Pelos meus olhos,

Vi o Mar da Cris
Aquele Mar que nos faz partir!
Como diz o poeta,
“Foi por ela, que amanhã me vou embora...”

Lobo

09 Nov 09