17.4.06

Um dia os olhos sorriram



Todos os dias te esperei,
Sempre estive aqui!
Às noites seguiram-se dias.
Aos dias seguiram-se noites…
Nos meus lençóis lavados
Mil vezes amei a tua ausência!
A tua paixão de mil ilusões
Foi corroendo o gostar.
Mil vezes de novo te amaria…
Mas os olhos cansaram-se
De olhar a porta fechada
Por onde entrarias!
O gosto partiu devagarinho…
Foi fugindo de mim.
Esvaindo-se na tua memória,
Na saudade!
Um dia os olhos sorriram,
De mansinho olharam a luz,
Era manhã e o teu fantasma
Tinha partido… Para sempre!
De novo podia viver,
De novo podia amar,
Uma madrugada…

Lobo
16 Abr 06
02.31

2 Comments:

At 3:31 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Discordo em partes.
Ausência só é boa quando precede a presença.
Estar sem se ver, mas cada um sabendo que o outro está lá, um pode ir para um lado e o outro para o outro mas cada um sabe onde o outro está; ficar um dia inteirinho sem se ver mas saber quando o encontro vai acontecer; mas, quando a ausência é prolongada ou arbitrária é uma dor - pra um dos lados ou para os dois - que não se sabe como diminuir.

 
At 6:34 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ausência não deixa fazer de amar. É amor doloroso e intensamente vivido na memória....até que chega a saudade e aí....continuas a amar.
É pena que assim seja, mas são as as voltas que a vida nos trás....algumas poderiam ficar perdidas,.... porque amar e ser amado, na presença, faz-nos sempre renascer.

 

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