19.11.09

Nasce o dia...



Percorro o teu olhar incerto à procura de mim
Sinto crescer o desejo, essa vontade de fogo.
Num passo de gigante, corro sobre as águas,
Corro para os teus braços, num embalo de mar.
Arranco-te as roupas guardadoras de vontades
E afundo-me em ti, para sempre, até ao fim!
A noite, guardo-a com este desejo profundo...
Ofereço-te um sorriso no braço deitado a convidar
Olhos nos olhos, espreitamos o dia, já é manhã!
Um novo desejo, nasce quando os lábios se tocam.
Bom dia meu Amor!

Lobo
19Nov09

9.11.09

Olhando os céus...



Em silêncio te digo
Estou aqui, voa sem medo.
Sou o teu Asa até ao fim,
Não te abandono!
Sempre que o medo aparecer
Estarei aqui,
Estarei presente
Como um Falcão,
Prescutando os céus.
Sou o teu Asa
Sigo o teu vôo
Até ao fim!

Lobo
09 Nov 09

Foi por ela...



Chuva miudinha. Incómoda.
O mar agita ondas ao largo.
O cinzento, afasta a cor da imagem.
Dia sem caminhantes.
Ao Castelo, olhei as águas,
E na memória nasceu outro mar,
Outro dia cinzento. Outro olhar.
Foi a última vez que a vi a Cris.
Com coragem no olhar
Rumou mais ao Norte,
De terras frias e sem Mar.
Seguiu a sua namorada,
A sua paixão,
O seu Amor!
Sabia da sua viagem,
O segredo foi-me entregue
Com o gosto da Amizade.
Vou embora! disse-me ela.
Naquela manhã de domingo,
A Cris olhava o Mar
Numa despedida.
Guardava todas as ondas
Da nossa cidade
Naquele coração grande.
Para sempre e até sempre!
Olhei-a no gosto e segui.
Sabia o valor daquele olhar,
Daquela prece, sem orações.
Momento sagrado. Intimo!
O meu momento,
O nosso momento,
Já tinha acontecido...
Vou embora! disse-me ela.
Ontem, naquele lugar
Pelos meus olhos,

Vi o Mar da Cris
Aquele Mar que nos faz partir!
Como diz o poeta,
“Foi por ela, que amanhã me vou embora...”

Lobo

09 Nov 09